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Tranqueiras, por quê guardá-las

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Eu não jogo nada fora. Guardo tudo! Minha mãe sempre reclamou disso. Duas ex-esposas também. Minha impressão é que ninguém dá o devido valor às memórias. Eu entendo que uma rolha usada, ao lado do monitor não tem importância alguma, mas ela me lembra o jantar cultural na casa da namorada de meu filho, onde eles organizaram em evento bem legal, e onde eu declamei o poema "Funeral Blues " de W. H. Auden , pra mim um dos melhores exemplos do sentimento que vem com a falta de alguém querido, fico feliz de ter podido mostrar esse poema em uma reunião cultural e não em uma despedida real. Um boneco grande de um Bug, do filme Starship Troopers , - baseado em um livro do Robert A. Heinlein (O cara era bom! Se tiverem a oportunidade, procurem por livros dele. Recomendo com força "O Gato Que Atravessava Paredes".) e dirigido por Paul Verhoeven - fica em minha ilha de edição em casa, normalmente sobre os monitores. Tá. é um bicho feio e mesmo para quem viu o filme não é a ...

Metamorfose Ambulante

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Odeio mudanças. Só de pensar me dá um misto de preguiça e desespero. Toda vez que me mudo, juro para mim mesmo que é a última vez. Claro, é só depois que a gente se muda "pela última vez" é que descobre as pequenas surpresas que a nova casa nos guarda e presenteia. Prá mim, mudança tem algo de anti-natural. A primeira mundança de todo mundo é a saída do útero, e ninguém aguenta essa sem um bom berreiro. Daí prá frente, é só tristeza. Eu sempre prometo prá mim mesmo que a mudança da vez é a última. Não importa se é apra uma casa alugada, ou para casa de amigos. Preciso mentir prá mim que isso não acontecerá novamente, se não não tenho como encarar. Primeiro, estraga-se tudo. Qualquer armário, cômoda ou cama, não importa o material, uma vez desmontado para a mudança, nunca mais vai ficar firme como foi no dia da compra. Depois, sempre temos que passar por um processo de escolha "Devo levar isso ou não, na mudança?", faz pensar que sempre mudamos p...

O Futuro Não É Mais Como Era Antigamente

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O que aconteceu foi que o futuro meio que me sacaneou. Eu era moleque na década de 70. Os filmes que passavam na TV (e a nossa TV era em preto e branco!) eram poucos. Muitas séries, que na época chamávamos de "enlatados": Missão Impossível, Jornada nas Estrelas, Perdidos no Espaço, Túnel do Tempo, Terra de Gigantes, Viagem ao Fundo do Mar, Espaço 1999, Daniel Boone, Kung Fu ("pequeno Gafanhoto"), Rin Tin Tin... Para cada série contemporânea ou histórica (sem cuidado algum com a história) haviam 3 ou 4 de ficção científica. E o ano 2000 era o futuro!! Haveriam cidades na lua, carros voadores, a fome e as doenças teriam acabado. A política do futuro era um pouco complexa, variava muito de filme para filme, mas era quase certo que o Planeta Terra teria um governo único, ou que metade do mundo teria um presidente e a outra metade seria russa, comunista e perigosa. Talvez houvessem alguns cataclismos, mas no geral, seria a época do conforto e da tecnologia sem pé nem cab...

As Férias Ideais

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Não acredito em férias ideais. Nunca as tive. Férias prá mim são sequências de dias não consecutivos e nem sempre agradáveis. É mais ou menos um grande período de feriados. Eu sou goiano . Diz a lenda que goiano quando vai ao litoral, chove. E por ser goiano , em época de férias eu costumava ir para o litoral. E chovia. Sempre. Eu ia muito para Caraguatatuba , litoral paulista . Na época era uma cidade de poucos habitantes, praias limpas de areias brancas. E muita gente interessante no final de semana, muita tranquilidade nos outros dias. Era a coisa mais estranha, bastava eu avistar o mar que as nuvens começavam a se fechar. E valia para a minhas saída também! Chega o dia de ir embora, malas prontas, abria o maior sol!! Foi o mesmo no Rio, Recife, Salvador, Natal... Eu achava que o governo deveria me mandar para a caatinga , para eu fazer chover no sertão!! Tá, em Manaus e Boa vista chovia mesmo, mas na capital de Roraima tive o desprazer de ouvir um motorista de táxi me dizer q...

O Pânico do Último Minuto

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Acho que todo mundo já passou por isso: O prazo fatal chegando (gente, prazo "fatal"!! Não é terrível? É como se alguem avisasse que se o trabalho não ficar pronto, é o pelotão de fuzilamento na cadeira elétrica), e nada de inspiração. Saio pra dar uma voltinha, ver se alguma coisa me desperta a veia criativa, e nada. E quando não tem, não tem mesmo!! Você pode assistir a uma colisão de um ônibus lotado de crianças com um disco voador lotado de marcianos, e isso não te dar nenhum tipo de auxílio criativo. De volta ao teclado. O monitor está meio manchado, acho uma droga gente colocar o dedão na tela. Cadê o algodão? Onde está o álcool? Limpa, limpa, limpa... O que era mesmo? Ah, a coluna de sexta-feira... Esse teclado está meio sujo... O que são essas coisinhas que ficam entre as teclas? Meu filho chama isso de "brosgolho". Tá, é um nome, mas não quer dizer nada pra mim... Viro o teclado de de cabeça pra baixo, bato contra a mesa. A mesa fica cheia de "brosgol...

Feliz?! Dia dos Namorados

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Eu sempre esqueço. E não é só dia dos namorados não. Esqueço todas as "famosas" datas importantes do casal. Início do namoro, primeira transa, duas semanas de namoro, um mês de namoro, seis meses de namoro, aniversário da mãe, aniversário da namorada, esqueço tudo. Não sei pra que, acho mesmo que isso é uma manobra feminista para intimidar os homens, uma jogada premeditada para um dia, fatalmente, tomarem o controle da minha vida, do planeta e da vida delas próprias! Tenho experiências horríveis sobre o dia dos namorados, mas tenho algumas boas também. Mas, colocando na balança, eu aboliria não só o dia dos namorados, mas todas as datas românticas e especiais, menos o natal, meu aniversário e aniversário da mamãe! Mas, voltando ao tema... Eu tinha uma namoradinha, dessas namoradas que a gente tem quando é bem novinho, 15, 16 anos de idade, e acha (e sente) que está apaixonado e que a vida finalmente faz sentido, mas que o mundo inteiro vai pegar fogo e acabar se ela não falar...

O Comprimento do Cumprimento

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Aí o amigo me encontra na rua e pergunta: _Como vai, tudo bem? E, no melhor da educação que mamãe me deu, respondo: _Tudo bem, obrigado. E voce, como está? _Ah, estou bem também. _Que bom! _Bom te ver, você está ótimo! Tem malhado? _Nada, apenas controlando a alimentação. _Que bom. E a família? _Bem, obrigado. A sua? _Também, tudo tranquilo. _Ótimo, ótimo... _... _Bem, tenho que ir agora. Bom te ver! _Também gostei, vamos marcar alguma coisa um dia desses. _Claro! Até lá então! _Até. Vai pela sombra! _He he he _He he... Putz ! Fico imaginando como seria esse "esbarrão social" se fosse possível excluir a educação que minha santa mamãezinha me deu. _Como vai, tudo bem? _Não, não estou não. O médico não sabe se é fungo ou gonorreia. E você, como está? _Ah, hum... Bem... Bem, eu estou bem também. _Que bom! Porque depois daquele desfalque no banco onde você trabalhava, pensei que as coisas estivessem ruins para o seu lado. _Er... Mas... Olha, não provaram nada. Mas e você, parece...