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Mostrando postagens de 2014

“Clichê” ou “Cinco Adolescentes e uma Cabana Abandonada”

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Não me lembro ao certo qual foi o primeiro filme no estilo que eu vi. As pessoas aceitam como fato que a origem do estilo de filme de adolescentes, cabana e assassino tenha sido o Sexta-Feira 13, de 1980, primeiro de uma franquia de 12 filmes para o cinema e uma série para a TV. Imagino que sim, Sexta-Feira 13 deve ser o precursor, mas a rigor, não é o primeiro, já que o grupo de adolescentes não era composto por apenas 5 e eles não estavam em uma cabana, mas sim em um acampamento. Abandonado, mas não cabana. Assim, provavelmente o primeiro realmente seja o “A Morte do Demônio” (The Evil Dead), de 1981. Aqui, cinco adolescentes vão passar as férias em uma cabana abandonada onde, sem querer, acabam lendo um encanto em um livro e libertando um terrível mal, nesse caso, um demônio. Mortandade, sangue e tripas. O estilo agradou muito e foi copiado à exaustão! Durante o processo de "plágio criativo", houveram mudanças: Às vezes não eram 5 adolescentes, mas uma família,

Dark House (Haunted)

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Este texto não contém spoilers ! O que eu comento do filme pode ser visto no trailer! Ainda assim, se você não viu o trailer e não quer saber absolutamente nada do filme antes de assistir, recomendo que não leia! Este filme foi uma boa surpresa! Confesso que não esperava muito quando peguei para ver. A direção é de Victor Salva , que, embora produtivo, nunca assinou grandes sucessos. São dele os dois Jeepers Creepers (Olhos Famintos) e o intrigante Powder (Energia Pura) que foram filmes curiosos, mas bem comuns. Dark House anda pelos lugares comuns dos filmes de terror: os jovens, a casa na floresta, os sustos rápidos. Mas diferente da maioria, ele guarda uma solidez e um nível de ineditismo revigorantes! Na história, Nick Di Santo é um rapaz com o estranho dom de ver, ao tocar nas pessoas, como elas vão morrer. Existem regras para as visões e ele só consegue ver se a morte for violenta e for acontecer em breve. Isso o torna uma pessoa solitária, avessa ao contato físico. Ainda

Big Bad Wolves (Os Lobos Maus)

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As vezes um filme me impressiona ou choca tanto, que eu preciso escrever sobre ele! Não são muitos os filmes israelenses a que eu já assisti, mas talvez até por sorte, gostei muito de cada um que já vi. Assim, quando vi a reportagem de produção deste filme e depois alguns comentários muito positivos (Tarantino teria dito que é o melhor filme do ano de 2013 [mas também foi dito que pagaram o cineasta para dizer isso]), decidi não saber nada da trama e apenas assistir. A princípio, pelo título e por alguns comentários, pensei que fosse um filme de terror. Esperava ver lobisomens. A partir de uma série de assassinatos brutais, em que o maníaco molesta, tortura e degola menininhas, uma investigação policial aponta para um professor primário como suspeito. Um policial desacreditado e violento, que vive à margem da lei, querendo melhorar a própria imagem junto a seus superiores, seqüestra o suspeito e o leva a um prédio abandonado, para interroga-lo sob tortura. A ação do policial ent

“Minha cachorrinha Minha” ou “Sei Lá, Vai Assim Mesmo”

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Minha, Marronzinha, Meias e Greg Julie, nossa shih-tzu, já teve três crias. Os quatro filhotes da primeira cria ficaram com a gente, três aqui em casa e um com a irmã da Thâmara. Eram absolutamente fofos, quando nasceram. Um casal marrom como o pai (um York Shire) e um casal pretinho. Eu tinha uma preferência declarada por um dos machos, um pretinho com as quatro patas brancas, que parecia estar usando meias. Thâmara se apaixonou pela fêmea pretinha. Na época, ela me falou que eu poderia dar todos, mas que aquela pretinha era dela. Sempre dizia “Essa é minha, essa é minha”. Eventualmente, demos o marrom macho (Greg) para Thamires, a irmã da Thâmara e ficamos com os outros três. O meu preferido acabou ficando com o nome de Meias, porque honestamente, era evidente! A fêmea marrom era a menor dos quatro e se chamou “Marronzinha”. E a pretinha, favorita da Thâmara, acabou pegando o nome de “Minha” (Porque essa é MINHA!!) Semana passada levamos Minha ao veterinário, estava man

A DIFÍCIL ARTE DE SIMPLIFICAR TEXTOS CIENTÍFICOS

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Thâmara, minha esposa ( http://mysundayrest.blogspot.com.br/ ) está terminando seu primeiro mestrado. Ela está (ou nós estamos, são tempos confusos aqui em casa) na fase de finalização da dissertação. Isso tem gerado MUITAS pesquisas e horas extras na Internet e mais algumas no Word. Acabamos por esbarrar em um texto que, embora não tenhamos conseguido identificar o autor, nos ensina, com uma clareza gritante e extremamente bem humorada, como funciona a simplificação de textos científicos. (Se alguém conhecer o autor, por favor me informe, eu gostaria de creditar esse texto genial)  ______________________________________________________________ A DIFÍCIL ARTE DE SIMPLIFICAR TEXTOS CIENTÍFICOS Textos Científicos são escritos numa linguagem de difícil compreensão para o grande público. Torna-se necessário simplificá-los tornando-os mais acessíveis. Observem abaixo os estágios desta SIMPLIFICAÇÃO: TEXTO ORIGINAL: O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fe

Chatroom

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Chatroom é um filme britânico de 2010, um suspense dirigido por Hideo Nakata. Esse diretor ficou conhecido mundialmente por ter dirigido o terror “O Chamado” e por ser, até onde sei, o único diretor na história do cinema que dirigiu um filme (Dark Waters) e foi chamado para dirigir de novo o mesmo filme, em nova gravação, com produção e elenco americanos. A intenção fora suprir o mercado americano, avesso a filmes estrangeiros! (Aliás, esse foi um caso interessante, engraçado e desalentador, que abordarei em uma outra ocasião, em outro post.) Em Chatroom, Nakata-San narra os encontros de cinco jovens com aproximadamente 16 anos de idade, em uma sala de bate-papos na internet. O líder do grupo e criador da sala é William, vivido por Aaron Johnson. William é o modelo negativo da Geração Y, vivendo uma vida digital em que tem controle absoluto de tudo que acontece, em contraposição à sua vida real. Do lado de fora da rede, William é anti-social, depressivo, suicida, deslocado do eixo f

“Carrie” ou “Por Que Hollywood Faz Isso?”

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Sissy Spacek e Chloë Grace Moretz como Carrie. SPOILERS!!! Esse post assume que os leitores já conhecem a trama do livro e filmes! Se você ainda não leu ou assistiu, sugiro fortemente que o faça ANTES de ler o post! Carrie é um livro escrito por Stephen King em 1974. Na trama, uma menina feia e maltratada pelos colegas de escola, criada por uma mãe fanática religiosa, descobre ter poderes telecinéticos, que acaba por usar com terríveis consequências. A história é uma metáfora que denuncia os perigos do fanatismo religioso ao mesmo tempo em que expõe o bullying entre adolescentes. Claro, tendo sido escrito por quem foi, a historia extrapola em muito o conceito metafórico, dando vida a personagens críveis e inesquecíveis. Quando eu li sobre uma regravação de Carrie (No Brasil, o livro do mestre Stephen King foi publicado com o nome de “Carrie, A Estranha”), fiquei meio apreensivo. Afinal, a versão de 1976 era perfeita em si. Direção do Brian de Palma, trilha sonora de Pino Donnagi