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Mostrando postagens de junho, 2011

Quando Duas Cabeças Pensam Pior Que Uma

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João era câmera-man. Trabalhava em uma emissora local. Casado há quase 4 anos, seu primeiro filho, uma menina, havia nascido há 3 meses. Sua esposa, Maria, era uma mulher tão doce que agora, escrevendo, parece impossível descrevê-la. Linda, mas com uma beleza infantil, olhos muito azuis, que davam o tom perfeito entre a pele branca e os cabelos amarelos. Possuía um charme natural, sem ensaio e sem propósito, era uma daquelas pessoas ótimas de se ver, daquelas que você se sente feliz, calmo e meio apaixonado apenas por estar próximo a ela. Nós, os amigos, evitávamos a proximidade. João não parava de falar na filha, como todo pai coruja faz, e cada fralda suja era motivo para horas de conversa. Sob um certo ponto de vista, todos na TV queriam ser como João. Ou pelo menos invejavam, ainda que um pouquinho só, a vida dele. Tudo mudou naquela quarta-feira pela manhã. Um grupo de pagode resolveu fazer uma promoção para escolher a nova dançarina. Várias candidatas compareceram aos e