O SPAM Bancário (E outros bichos)

banco(4) Eu escrevo colunas para publicação em mídia física, revistas e jornais. Como acontece com todo colunista, nem sempre o que escrevo acaba impresso. No caso desse texto em específico, me foi dito que estava técnico demais.

Pessoalmente, não achei, até porque é algo que considero ser um tema de conhecimento necessário e obrigatório, para quem usa e-mail. Ainda assim, os editores tem seus padrões e este texto ficou fora deles. Por essa razão, aqui está!!

Nos últimos 10 anos, a internet se tornou uma ferramenta necessária na vida de quase todas as pessoas. O que antes era uma curiosidade, agora é parte integrante de nossa vida profissional, social e econômica.

Um dos grandes passos para tornar a Internet uma ferramenta necessária foi a possibilidade de se fazer compras e movimentar contas bancárias pelo próprio computador, sem sair de casa. Em uma época onde as pessoas têm cada vez menos tempo livre, fazer os serviços que antes nos tomavam horas em apenas alguns minutos, no conforto da própria casa, tem um apelo enorme e uma aceitação muito grande.

Com essa comodidade vieram também alguns problemas. Um dos grandes maus da internet são os e-mails chamados Spams. Criados por pessoas mal-intencionadas, essas mensagens têm por objetivo instalar pequenos programas – chamados de “Cavalos de Tróia” ou “Trojans” – nos computadores dos usuários e, através deles, descobrir senhas de contas bancárias.

A maioria desses e-mails falsos é bem feita: trazem a logomarca de uma rede bancária conhecida, usam linguagem convincente e normalmente sugerem que se faça uma atualização qualquer. Normalmente, essas mensagens informam que se tal atualização não for feita em um determinado prazo, geralmente curto, o usuário perderá seu acesso ao banco e terá que ir fisicamente à agência para resolver o problema. Muitas pessoas, pela comodidade, acabam por concordar com o teor dessas mensagens e, assim, instalam em suas próprias máquinas um pequeno programa que vai lhe roubar as senhas.

Mas, como em todas as mensagens falsas, existem indícios que podem nos mostrar que não foi uma instituição bancária quem nos mandou o e-mail.

O primeiro passo para se identificar uma mensagem falsa é uma observação crítica do e-mail que se recebeu. Muitas vezes não temos lembrança de ter fornecido nosso endereço eletrônico ao banco, mas aceitamos que isso pode ter acontecido. Mas veja se no corpo da mensagem o banco cita seu nome ou o número de sua conta. É de se esperar que o Banco, tendo seu e-mail, saiba também seu nome.

Mensagens Spams não citam nomes porque são mandadas igualmente para milhares de pessoas. Se receber mensagem de seu banco e notar que não citaram seu nome ou número de conta, desconfie!

Todos os bancos consultados por mim. foram categóricos em afirmar que NUNCA mandam mensagens para seus clientes sugerindo atualização de programas. Sendo assim, ao receber mensagens de bancos, apague com tranqüilidade e jamais clique nos links que sugerem a instalação do programa. Em caso de dúvida, vale a pena ligar para o seu gerente e perguntar se a mensagem é real.

No mesmo caminho, existe um outro tipo de Spam que apela para o lado ganancioso do usuário. São mensagens que fazem parecer ter havido um engano na remessa e prometem enviar grandes somas de dinheiro a quem as recebe. Muitas pessoas, pensando ter recebido uma mensagem destinada a outros, respondem pensando poder levar alguma vantagem. Essa ganância tem um preço e, normalmente, são as senhas do usuário espertinho.

O mesmo golpe é aplicado tirando vantagem da curiosidade dos usuários. Algumas mensagens Spam usam linguagem popular e relatam pequenas histórias onde alguém teria mandado fotos comprometedoras para o endereço errado. Para ver as tais fotos que teriam sido “desviadas”, o usuário acaba baixando o arquivo “trojan” para dentro de sua máquina.

A criatividade dos criminosos digitais sempre surpreende. Nossa única linha de defesa é o bom senso. Duvide de mensagens que não citam seu nome e daquelas que foram mandadas a você “por engano”. E, principalmente, duvide daquelas que prometem grandes vantagens econômicas. As chances são sempre contra o usuário, portanto fique atento!

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