Como Resolver o Problema do Crime no Brasil (E Outros, Por Consequência)


O PROBLEMA

A criminalidade no Brasil aumenta em uma velocidade assustadora. A violência ultrapassou nossa capacidade de compreensão. A barbárie atingiu níveis nunca antes imaginados.

Representantes do governo, agentes da segurança pública, defensores de direitos humanos, mestres em economia popular, religiosos e tantos outros auto-intitulados “analistas” disputam a posse do entendimento da origem do problema, e mesmo que a possuam, a realidade nos prova que esse conhecimento é inócuo e ineficiente, para conter o crescimento do crime.

E não é apenas o aumento da criminalidade, o realmente assustador é a falta de respeito humano, a falta de consideração pela vida que essa nova geração de marginais possuem.

Muito se fala na inversão dos valores, onde os homens de bem precisam ficar trancafiados e os criminosos em liberdade, para garantir um mínimo de segurança pessoal.

Esperar que o governo resolva o problema não tem se mostrado uma atitude produtiva, dado ao crescimento constante da violência e da criminalidade.

Conhecemos o problema, pagamos um alto preço pelo seu descontrole e crescimento, fazemos simpósios, palestras, reuniões e comissões, mas no final do dia, precisamos trancar as portas e janelas, temerosos. Milhares de estudos, milhões de Reais e não estamos mais próximos da solução do que estávamos 30 anos atrás e a seguir os mesmos procedimentos, nada indica que a situação estará melhor daqui a 30 anos.

Perdemos o controle e agora pagamos o preço pelos constantes erros.

AS CAUSAS

Antes do próximo parágrafo, quero deixar claro, acima de qualquer especulação, que sou CONTRA o aborto. Entretanto, sou a favor de métodos contraceptivos. Abortar não, evitar sim.

 

Na década de 1970, por mudanças políticas nacionais, muitas cidades americanas passaram a permitir o aborto. Essa lei gerou uma verdadeira guerra, tanto nas ruas quanto nos tribunais americanos, mas todos os Estados, excetuando Dakota do Sul, têm leis que autorizam o aborto.

Na década do ano de 1990, constatou-se uma queda vertiginosa na criminalidade urbana americana. Apenas em New York, uma das maiores cidades do planeta, a queda foi superior a 30%. Pequenas cidades do interior tiveram quedas de até 90% em relação a 20 anos antes.

Claro, uma comissão foi criada para entender a razão de tamanha queda nos crimes, já que os especialistas ficaram desconcertados. Procuraram compreensão nas razões óbvias: fortalecimento da polícia, o programa de Tolerância Zero para pequenos delitos, leis mais rígidas e melhoria na economia. O economista Steven Levitt testou todas as hipóteses, mas os resultados decepcionaram. Eles mostravam influências apenas residuais desses fatores nos níveis de violência. Porém, quando relacionou os números do crime com a legalização do aborto, na década de 1970, Levitt levou um susto. Havia uma enorme e inegável ligação entre os dois fenômenos. Eventualmente, Levitt escreveria um livro de sucesso sobre o tema, “Freakonomics”, e hoje ganha a vida palestrando e criando polêmicas com esses dados. De acordo com ele, a legalização do aborto, principalmente em áreas pobres, diminuiria a criminalidade. Até o então governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, contrariando a opinião da Conferência dos Bispos, embarcou na teoria de Levit e, em 2007, defendeu a legalização do aborto como forma de conter o avanço do crime.

O que realmente incomoda no estudo de Levitt é que ele está correto. A relação entre crianças indesejadas e aumento na criminalidade é real. Obviamente, abortos em massa se constituem em uma ação tão terrível quanto o aumento descontrolado do crime.

É uma daquelas situações em que conhecemos o problema, identificamos as causas, mas não temos capacidade tecnológica ou moral para corrigir.

A SOLUÇÃO

Precisamos de um laboratório químico competente. Deve possuir um vasto know-how em sistemas contraceptivos químicos. A este laboratório deve ser atribuída a função de que se desenvolva um anticoncepcional sem gosto nem cheiro, que não seja acumulativo no organismo humano, 100% eficiente em esterilização por período indeterminado e, paralelamente a isso, uma outra fórmula, em forma de comprimidos, que cancele a função do primeiro.

Este anti-concepcional inodoro e sem gosto deverá ser misturado em todas as fontes públicas de tratamento de água e deve ser eficiente o suficiente para se manter ativo por um período não inferior a 30 dias a partir do momento da ingestão.

Dessa forma, TODA a população se tornará estéril ao mesmo tempo. Não haverão mais crianças indesejadas, casos de gravidez acidental. As terríveis clínicas clandestinas de aborto desaparecerão imediatamente.

Quando um casal, ou uma mulher, decidir ter um filho, irá em um dos postos de saúde já existentes nos Serviços Públicos de Saúde e pedirá por um “concepcional”, remédio que neutralizará os efeitos daquele outro contido na água.

Dessa forma, os sistemas de Assistência Social poderão finalmente exercer sua função de forma efetiva e definitiva, auxiliando, informando e encaminhando as mulheres grávidas e cuidando do futuro das novas e desejadas crianças.

Não haverão mais casos de crianças de rua, dormindo sob pontes, pedindo esmolas nos semáforos, usando drogas nas calçadas e crescendo à margem da sociedade, para enfim, se tornarem os predadores urbanos.

Haverá sim, um índice de natalidade menor, mas sabemos que não é uma grande população que faz um grande país. Haverão, é claro, locais onde o sistema encontrará dificuldades em ser instalado, como nas regiões onde a água não é tratada, e algumas pessoas verão o tratamento como uma segurança sexual, o que, talvez, aumente por um período o índice de transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Vai caber ao governo preparar campanhas para conscientizar as pessoas de que o anti-concepcional ministrado na água não representa defesa contra DSTs e que a camisinha deve continuar sendo utilizada. Apenas a gravidez será impedida.

Haverão, é claro, aqueles que serão contra a medida, haverão greves, passeatas e reclamações públicas. Esse tipo de atitude normalmente vem de pessoas mal informadas e daqueles que, de alguma forma, têm a perder com o sistema, como os médicos que por anos lucraram com abortos.

Em 1900, Osvaldo Cruz criou uma frente pela saúde, chamada de “Batalhões Mata-Mosquito”, com a intenção de combater a Febre Amarela e a Varíola. Sendo o Rio de Janeiro uma das cidades mais sujas do mundo, a campanha ocorreu à revelia da população, tornando a vacinação obrigatória e dando direito aos “batalhões” de invadir as casas e destruir os focos de contaminação.

Milhares se rebelaram contra a ação do governo em uma evento popular chamado “Revolta da Vacina”. Bondes foram tombados, trilhos arrancados, casas destruídas, uma tentativa de golpe de Estado para derrubar o presidente da época foi feita. Ainda assim, a Saúde Pública se manteve firme e, mesmo passada a época da vacinação obrigatória, o governo exigia comprovação de vacinação para trabalho, viagem, casamento, alistamento militar, matrícula em escolas públicas, hospedagem em hotéis.

Em 1904, mais de 3500 pessoas morreram no Rio de Janeiro, vitimadas pela varíola. Dois anos depois, o número de vítimas foi 9. Em 1909, não foi registrada nenhuma vítima de Febre Amarela. A Varíola hoje está extinta. Ainda assim, Osvaldo Cruz foi chamado de “Inimigo do Povo”, em constantes campanhas de ódio alimentadas criminosamente pela demagogia de fanáticos e ignorantes. 

Haverão aqueles a resistir, mas o ganho justifica o desconforto e a desconfiança iniciais.

Vale considerar que o Iodo, extremamente necessário ao organismo humano para o combate ao Bócio, é hoje ministrado à população no sal de cozinha, que todos compramos nos mercados e poucos ainda se lembram disso. Passado o momento inicial, estaremos vivendo em uma sociedade mais justa e mais segura, onde as crianças terão possibilidades reais de futuro, onde projetos governamentais para o bem-estar da população serão eficazes e onde a vida será mais segura.

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