Monkey Man
Dev Patel é um ator britânico que gasnhou destaque com o filme Quem Quer Ser Umj Milionário (Slumdog Millionaire). O filme, gravado na Índia, é uma adaptação do livro do autor indiano e diplomata Vikas Swarup. Os pais de Dev Patel nasdceram em Nairobi, Kenya, e são ambos descententes de indianos da região de Gujarat.
"Monkey Man" é a estreia de Patel como diretor. É também o roteirista e ator protagonista.
O filme não é só espetacular, no real sentido da palavra. Ele também mostra a real evolução da mentalidade do povo indiano, o início do desapego às regras milenares impostas e um passo em direção à uma sociedade mais coerente e equilibrada.
A história da India é permeada com guerras, tanto internas quanto contra invasores.
A religiosidade, imensa, absoluta, inescapável do povo indiano sempre foi utilizada por líderes e invasores para conter e controlar a população.
O título do filme se refere a Hanuman, um ser mitológico indu, musculoso e com cabeça de macaco, que por acidente perde seus superpoderes e tem que evoluir para te-los de volta. É uma lenda que fala sobre heroismo, altruismo e devoção.
No filme, a religiosidade é levada a extremos inversos.
Em uma cena simbólica, Um guru explicao ao protagonista:
"Eu aprendi que você precisa destruir para poder crescer, para criar espaço para a nova vida."
A religiosidade que constroi e edifica, também destroi e remolda.
Como os deuses Shiva e Parvati, duias metades da mesma entidade, homem e mulher, Destruição e Devoção.
A menção dessa entidade coloca as mulheres em igualdade de condições com os homens e o filme utiliza isso de forma brutal.
Vi algumas críticas que compraram o filme com a série de ação John Wick. E eu até acredito que o dsiretor tenha mesmo inspirados as lutas no trabalho de Keanu Reeves.
Mas classificar The Monkey Man como um filme de ação porque tem lutas é desconsiderar toda a filosofia e desconhecer a realidade indiana.
O filme utiliza o jargão da procura da vingança para denbunciar e, de certa forma, desafiar um padsrão social injusto, obsoleto, que beneficia uma minoria em detrimento a uma das maiores populações do planeta.
É um mergulho seco, cruel e contundente ao lado pobre e oprimido da sociedade indiana. Mas é também um grito de alerta, um grito de guerra.
É o duro entendimento que não haverá mudança sem dor, que a aceitação da dor é o caminho para o despertar do "eu" interior, a canalização do sofrimento para fora da pessoa e, terrivelmente, para cima dos responsáveis pela imposição da dor.
Mas se nada disso despertar seu interesse, aponto uma, dentre as várias pérolas que encontrei nesse filme:
Em um templo, onde o protagonista se refugia, existe um Mestre de Tabla, um tipo de instrumento de percursão indiano. Esse mestre conta uma história às pessoas, ao redor de uma fogueira. Mas ele usa os sons da Tabla como elementos da história, usando os sons do instrumento como palavras, conceitos e ideias. A soma do que ele fala mais os sons, monta a história!
Não fosse o bastante, a tabla é novamente usada, dessa vez para ordenar os movimentos do protagonista, em sua busca por evolução.
Absolutamente fantástico!
Se puderem ver, eu recomendo com muita força!!
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