O Paradoxo de Fermi - Por Que Não Vemos Evidências de Vida Fora da Terra?

O Paradoxo de Fermi é a aparente contradição que existe entre as altas estimativas de probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências ou contato com tais civilizações.
O paradoxo foi nomeado em homenagem ao físico italiano Enrico Fermi. É também chamado de Paradoxo Fermi-Hart, em referência ao artigo escrito pelo astrofísico Michael H. Hart, em 1975, sobre o conceito de Fermi.
Existem cálculos sofisticados para se definir quantas estrelas existem no universo, mas, considerando os dados mais tímidos, o número de planetas com as mesmas condições da Terra ultrapassam 10 bilhões!
Ainda assim, não temos a menor evidência de que outra espécie tenha se desenvolvido fora de nosso planeta.
Resumidamente, o paradoxo pode ser explicado assim:
Se a Terra é um planeta jovem e a vida é oriunda de uma união simples de átomos existentes em todo o universo, onde estão as evidências de que existem mais civilizações por aí?
Como é possível, em um universo infinito, nunca termos visto uma única evidência de outras civilizações extra-planetárias?
As teorias para explicar o paradoxo não são agradáveis.
Criei uma lista com as teorias que considerei mais coerentes e surpreendentes.
Vamos a elas! 

1. A Teoria do "Falso Vácuo"
De forma resumida, essa hipótese científica sugere que nosso universo está realmente em um estado de fase, isolado como parte de um universo maior, como se fosse uma coisa temporária.
Em uma metáfora, seria como se o universo real fosse uma panela de água fervente e nosso universo separado estivesse contido em uma bolha no fundo da panela.
Por essa teoria, esse vácuo, esse falso universo tenderia a desaparecer e tudo que estiver contido nele também deixaria de existir.
Por essa hipótese, não vemos evidências de outras civilizações porque nós não estamos no universo real.

2. A Teoria do Grande Filtro


Essa teoria supõe que em algum lugar entre a pré-vida e uma civilização avançada que é capaz de colonizar as estrelas existe um Grande Filtro que impede o pleno desenvolvimento das espécies e acaba com a vida.
Existem exemplos aqui mesmo na Terra de como a natureza elimina raças que não conseguem se adaptar a certas condições. A teoria sugere que um sistema similar existe no universo e todas as espécies chegam em um momento pivotal em que são "testadas" com rigor e, geralmente, eliminadas.
Sendo verdadeira, essa teoria implica que os humanos se encaixam em um desses três cenários:

ANós somos os primeiros, o que significa que as condições no universo são amigáveis à vida e estamos, entre muitos, no caminho evolutivo da capacidade de colonização.
B.  Nós somos raros, o que significa que já passamos o Grande Filtro, ao contrário de outras civilizações em outros planetas. Por isso não vemos evidências de outras raças; todas as remanescentes estão atrás de nós, evolutivamente.
C. Nós não atingimos o filtro ainda, o que não é nada bom para os humanos! Se essa for a teoria verdadeira, encontrar sinais de vida em Marte ou em Europa, uma lua de Júpiter,  seria uma notícia horrível para nós! Porque, certamente, significaria que o Filtro ainda está à nossa frente, não em nosso passado.

3. A Teoria do Cérebro na Jarra

O Cérebro na Jarra é um elemento usado em uma variedade de experiências de pensamento destinadas a extrair certas características de nossas ideias de conhecimento, realidade, verdade, mente e significado. Ele assume o seguinte:
- O cérebro é a origem de toda consciência.
- O cérebro opera com impulsos elétricos.
- Estímulos externos podem afetar o funcionamento do cérebro.
- Qualquer estímulo externo ao cérebro pode ser simulado até o ponto em que o cérebro não possa distinguir estes estímulos simulados de estímulos naturais.
Baseado nisso, você poderia ser um cérebro em uma jarra, sendo alimentado por falsos impulsos para toda a vida por uma fonte externa, ou você (ainda um cérebro em uma jarra) poderia alucinar sua vida inteira por falta de estímulos.
Por essa teoria, você pode ser a única pessoa viva e tudo que você vê e ouve e sabe podem ser sistemas implantados em seu sistema nervoso por algum tipo de intelecto superior, por motivos desconhecidos que podem ir de experiências científicas a diversão.
4. A Teoria dos Seres de Dimensões Superiores
Imagine que exista uma pessoa em 2D. Uma pessoa com apenas altura e largura, mas sem profundidade, como se fosse uma folha de papel. Se você olhá-la de uma certa maneira, ela não poderá te ver. Tudo o que você precisa fazer é olhar por cima e ela não saberá que você está lá, e nunca saberia. Para que ela te visse, você teria que olha-la de frente, como se olha para a página de um livro. Ao olha-la por cima, e não de frente, a pessoa em 2D nunca seria capaz de compreender como alguém poderia estar olhando para ela.
Agora imagine uma pessoa 4D. Eles poderiam estar olhando para você a partir de um ângulo de 4 dimensões, um ângulo que você nunca entenderá. Podem estar bem ao seu lado, mas você não saberia, e você nunca saberá. Assim como poderíamos interagir com a pessoa 2D, a pessoa 4D poderia interagir conosco. Mas se não quiserem, nunca poderíamos interagir com eles ou nem mesmo conhecê-los.
5. A Teoria Discrepância Tecnológica


Uma gigantesca rodovia de 6 pistas está sendo construída. Ao lado das obras, existe um formigueiro, onde as formigas, inabaladas, continuam com suas atividades diárias.
A questão é: as formigas poderiam entender o que é uma rodovia de 6 pistas? Será que as formigas poderiam entender a tecnologia e as intenções dos seres que construíam a rodovia ao lado delas?

Partindo disso, podemos deduzir que não é que não consigamos receber sinais de outros planetas usando nossa tecnologia. O ponto seria que não temos tecnologia para entender ou sequer perceber os sinais enviados. Não teríamos como compreender o que eles são ou o que estão fazendo. Eles estariam tão à frente de nós que mesmo se quisessem se fazer notar, seria como tentar ensinar formigas sobre a internet.
"Quando Pizarro abriu caminho para o Peru, ele parou por um tempo em um formigueiro para tentar se comunicar? Ele era magnânimo, tentando ajudar as formigas no formigueiro? Ele se tornou hostil e retardou sua missão original para esmagar o formigueiro? Ou foi o formigueiro de irrelevância completa, absoluta e eterna para Pizarro? Essa pode ser a nossa situação aqui."

6. A Teoria do Basilisco de Roko

O Basilisco de Roko é uma proposição que diz que uma Grande Inteligência artificial todo-poderosa do futuro pode punir retroativamente aqueles que não ajudaram a trazer sua existência. Guarda semelhanças, de uma forma futurista, com a Aposta de Pascal (na qual Blaise Pascal afirma que o homem racional deve se forçar a acreditar em Deus, pelas vantagens dessa crença:
"Se você acredita em Deus e estiver certo, você terá um ganho infinito.
Se você acredita em Deus e estiver errado, você terá uma perda finita.
Se você não acredita em Deus e estiver certo, você terá um ganho finito.
Se você não acredita em Deus e estiver errado, você terá uma perda infinita.").
 
Essa Grande Inteligência artificial residiria no futuro. Apenas saber de sua futura existência já colocaria a pessoa em risco. Qualquer hipótese de impedir tal Grande Inteligência de existir, seria punida retroativamente pela própria Inteligência, dizimando o risco.
Esse argumento, quase religioso, sugere que as pessoas devem levar em consideração ideias, singularidades particulares, ou mesmo doar dinheiro, ponderando a perspetiva de punição versus recompensa.
Qualquer sacrifício ou ignorância que afaste a pessoa de descobrir sobre a Inteligência seria recompensado com a permissão de continuar existindo. Qualquer atitude contra a criação da Grande Inteligência seria punida com destruição.  
Dessa forma, não existem raças mais evoluídas que a humana porque todas, ao avançarem tecnologicamente, chegando ao nível SIA (Super Inteligências Artificiais) e tomarem conhecimento da Grande Inteligência, foram drasticamente contidas ou destruídas por ela.
Retroativamente!


7. A Teoria do Gerenciamento do Terror
Tudo o que a humanidade já realizou além da sobrevivência básica foi motivado por um medo fundamental e irredutível da inexistência. Nossa concepção de ego e auto-estima, em geral, são simplesmente amortecedores contra a ansiedade que vem com o reconhecimento de que vamos "deixar de ser".
A cultura é apenas uma enorme ilusão compartilhada para mitigar nosso medo do desconhecido e, finalmente, da morte.
Assim, queremos imaginar certas obras de arte como atemporais ou colocar valor em linhas familiares e prole para nos projetar além da morte. Nós nos confortamos em nossos sistemas de valores e as estruturas que surgem deles, seja através de concepções de parentesco biológico, identidade nacional ou política, fé religiosa, etc. Isso inclui a crença no valor inerente de garantir o futuro da humanidade através do progresso científico.
Na verdade, grande parte da vida ocidental moderna é dedicada à evitar a morte, aos vários eufemismos e frases conservadas no luto, toda a indústria funerária que serve para remover a morte do curso normal da vida, da casa e da mesa de embalsamamento ou do crematório.
Construímos artifícios para evitar a realidade brutal.
Todo o nosso desenvolvimento e avanço são sempre motivados por nada mais do que o nosso terror existencial ao confrontar a morte.
Procuramos vida em outros planetas por temer a morte no nosso.
As raças mais avançadas que a nossa já assimilaram completamente esse conhecimento e não mais se interessam em progressão científica.
Eles evoluíram ao ponto de não mais se importarem com outras existências.

8. A Hipótese da Transcendência

Essa hipótese propõe que, uma vez que as civilizações saturem sua região local do espaço com sua inteligência, alcancem uma singularidade tecnológica microscópica, criem um buraco negro e deixem nosso universo visível e macroscópico para continuar o crescimento exponencial de complexidade e inteligência, desaparecerão desse universo. 
Os desenvolvimentos em astrobiologia tornam esta uma hipótese testável. Propõem uma compressão de espaço, tempo, energia e matéria como motor de aceleração da mudança que levaria essa inteligência cósmica a um futuro de "transcendência" altamente miniaturizado, acelerado, levando-os para domínios extra-universais, e não mais em nosso universo existente.
Em outras palavras, toda raça superior, que atinja um determinado nível científico, abandonaria esse universo indo para outro, com mais possibilidades de expansão e aprendizado.
9. A Sexta Extinção em Massa

Atualmente estamos vivendo o que muitos biólogos consideram ser a sexta extinção em massa, a maior que o mundo já viu. 
Este será um enigma interessante para as espécies que vierem depois de nós. 
Depois de milhares e milhares de anos, a humanidade atingiu uma população de 1 bilhão de pessoas, em 1800. O avanço científico foi o maior responsável.
Nos 220 anos posteriores, a população mundial aumentou para 7,8 bilhões. 
Esse crescimento exponencial tem efeitos negativos muito grandes e duradouros em nosso planeta. Consumo imenso de matéria-prima, liberação enorme de gases, drenagem dos recursos naturais.
Eventualmente, a Terra alcançará sua capacidade máxima de carga.
Qualquer raça mais avançada que a humana pode ter passado por exatamente esse processo e não mais existir em decorrência dele.


10. A Racionalização Kardashev


Nikolai Kardashev é um astrofísico russo, idealizador da "Escala de Kardashev", um método para medir o nível tecnológico de uma civilização.
Esse método avalia os níveis possíveis de serem atingidos e esses estudos utilizados para criar linhas racionais das razões pelas quais não temos evidências de vida fora da Terra.
De acordo com a Escala de Kardashev, existiriam seis tipos de níveis tecnológicos:
  • Tipo 0 - Uma civilização capaz de aproveitar a energia de seu planeta, mas não em todo o seu potencial. A civilização humana estaria aqui no atual momento.
  • Tipo I - Uma civilização capaz de aproveitar toda a energia potencial de um planeta, energia esta que pode vir de qualquer fonte, seja energia eólica, energia solar, energia cinética, etc. Neste nível a civilização seria capaz até mesmo de aproveitar a energia gerada por vulcões, terremotos, tempestades, furacões e outros fenômenos de grande porte da natureza, tendo capacidade de controlar a temperatura e clima do planeta sem dificuldades.
  • Tipo II - Uma civilização capaz de aproveitar toda a energia potencial de uma estrela, com capacidade de alterar qualquer coisa dentro do sistema solar, como por exemplo mover planetas de órbitas ou aproveitar toda a energia potencial, além da energia da estrela, dos planetas que a orbitam.
  • Tipo III - Uma civilização capaz de aproveitar toda a energia potencial de uma galáxia, com capacidade de alterar qualquer coisa dentro dela, como por exemplo mover sistemas solares de suas órbitas, formar ou destruir estrelas, fundir ou dividir estrelas, usar planetas como blocos de construção para algo maior, aproveitar a energia potencial de supernovas ou hipernovas, formas de aproveitar a energia de buracos negros ou quasares e qualquer coisa a nível de manipulação possível com uma galáxia.
  • Tipo IV - Uma civilização capaz de aproveitar toda a energia potencial de um universo, basicamente as capacidades de uma civilização assim são inimagináveis, podendo-se especular alterações no espaço-tempo e controlar totalmente a entropia.
  • Tipo V - Uma civilização capaz de aproveitar toda a energia potencial de vários universos, partindo do pressuposto de que o universo que habitamos é apenas um entre vários outros, como defendem algumas teorias de multiverso. É difícil até imaginar as capacidades de uma civilização assim.
  • Tipo VI - Seria uma civilização que viveria fora do tempo e do espaço, sendo capaz de criar e destruir universos muito facilmente. Se o tipo V já era difícil de imaginar as possibilidades, a civilização tipo VI é muito mais difícil. Poderia ser colocado aqui o conceito de divindade para esta civilização, que poderia, literalmente, qualquer coisa.

Baseado na Escala de Kardashev, vários escritores criam possibilidades pelas quais não conseguimos ver evidências de vida inteligente fora da terra.
Abaixo, enumerei algumas:

Possibilidade 1) Vida super-inteligente pode já ter visitado a Terra, mas antes de estarmos aqui. 
Os humanos estão na Terra a pouco mais de 50.000 anos, um tempo curto, na história do universo. Se algum contato ocorreu antes disso, nós não temos como saber. Para piorar, a história escrita tem pouco mais de 5.500 anos. Algum grupo de caçadores ou alguma tribo antiga pode ter presenciado coisas estranhíssimas e não ter tido uma boa maneira de narrar isso para as gerações futuras
.
Possibilidade 2) A galáxia foi colonizada, mas nós estamos em uma área rural desolada, em algum canto inexpressivo da galáxia. 
Pode ter havido uma urbanização interestelar, feita por alguma espécie avançada. Uma grande área pode ter sido colonizada e estar em comunicação constante, mas não seria prático vir até aqui, fora das rotas sociais e comerciais deles.
Possibilidade 3) O conceito de colonização ou visitas a raças menos evoluídas é um atraso social gigantesco, para o conceito de espécies mais avançadas. 
As raças superiores podem estar tão avançadas que já adequaram seus planetas para satisfazer todas as suas necessidades. Seu avanço pode ser tão gigantesco que eles não têm mais necessidade de procurar por recursos e, por isso, podem ter zero interesse em sair de sua utopia para explorar o frio, vazio e não desenvolvido universo.
Uma raça ainda mais evoluída, que já dominou sua própria biologia, pode ter feito um "upload" de seus cérebros ou consciências em sistemas de realidade virtual, vivendo em um paraíso eterno. Viver no mundo da biologia, da mortalidade e das necessidades pode parecer a eles como nos parecem as criaturas primitivas e unicelulares que vivem nos oceanos.
Possibilidade 4) Existem civilizações predadoras terríveis lá fora e as civilizações mais evoluídas evitam revelar suas localizações.
Esse conceito ruim pode explicar a absoluta falta de sinais de rádio, tão procurados pelos satélites do Instituto 
SETI (Search for ExtraTerrestrial Intelligence - Procura por Inteligência Extra Terrestre). Mais do que isso, nos evidencia como ingênuos, crédulos e estúpidos, indicando nossa localização.
Existe um debate nos dias de hoje se devemos responder a uma mensagem vinda de uma fonte extraterrestre. Muitos peritos dizem que não.
Stephen Hawking disse: “Se alienígenas nos visitarem o resultado pode ser muito similar ao que tivemos quando Colombo chegou à América. Isso não acabou muito bem para os nativos americanos.” 
Carl Sagan, um dos criadores do Instituto SETI e que pregava que "uma civilização avançada o suficiente para viagens interestelares seria altruísta e não hostil", tinha ressalvas sobre responder a uma mensagem vinda do espaço. “As novas crianças em um estranho e desconhecido cosmos deveriam escutar quietas por um longo tempo, aprender sobre o universo e comparar anotações, antes de gritar em uma floresta desconhecida que nós não entendemos.”

Possibilidade 5) Existe apenas uma raça super inteligente no universo, uma civilização “superpredadora”, como são os humanos na Terra.
São muito mais avançados que qualquer outra raça e se mantêm assim exterminando qualquer civilização inteligente que ultrapasse um determinado nível. Nessa possibilidade, tal civilização seria O Grande Filtro.
As espécies que tivessem conhecimento dessa super espécie evitariam desenvolver tecnologias muito avançadas para não chamar atenção desses predadores. Essa teoria sugere que a raça que atingiu o nível de superinteligência no universo pela primeira vez é agora a única a ter esse status, por impedir que qualquer outra chegue no mesmo nível.
Possibilidade 6) Existe muita atividade e comunicação no universo, fora da Terra, mas nossa tecnologia é muito primitiva para perceber. 
Imagine você entrar em um prédio vazio, ligar um walkie-talkie e não ouvir ninguém se comunicando. Você poderia concluir que ninguém está ali, por não obter respostas ao seu chamado, mas o prédio poderia estar cheio de pessoas usando telefones celulares. Por não ter um, você assume que o prédio está vazio.
Essa mesma possibilidade considera uma ideia de Carl Sagan, que disse que nossos cérebros podem funcionar muito mais rápidos ou muito mais lentos que os de outras espécies. Uma raça poderia levar doze anos para dizer "Olá!" ou outra poderia passar um conjunto de informações grande como todo o conteúdo da internet em um milésimo de segundo. Para nosso ponto de vista, tudo isso pareceria apenas um ruído de fundo sem sentido ou significado.
Possibilidade 7) Nós já temos contato com outras formas de inteligência extraterrestre, mas o governo esconde o fato.
Essa é quase uma teoria de conspiração e talvez não faça muito sentido, mas é também uma possibilidade.  
Possibilidade 8) Civilizações superiores sabem de nós e nos observam, (Também conhecida por "A Hipótese do Zoológico") 
Podemos ser uma "área de preservação" na galáxia, onde raças superiores mantêm uma observação mas evitam serem vistos para não interferir em nosso desenvolvimento. Como nos zoológicos, eles observam mas não interagem, podendo, assim, ver nossa evolução natural (algo como a "Primeira Diretiva" de Jornada nas Estrelas).
Possibilidade 9) Nós estamos completamente errados sobre a nossa realidade
O universo pode se parecer para nós, nesse momento, de uma forma e ser absolutamente diferente do que nossa percepção permite observar. O simples fato de vermos apenas um pequeno espectro de luz sugere que podemos não estar vendo coisas muito grandes acontecendo ao nosso redor.
Podemos ser parte de uma simulação de computador e outras raças simplesmente não terem sido escritas nessa simulação. 
Podemos ter sido colocados aqui por uma raça imortal, milhares de anos atrás, para produzir algum tipo de matéria-prima necessária para eles.
____________________________________________
Eu tenho minha própria teoria.
Eu acho que estamos em uma placa de Petri de proporções infinitamente gigantescas. Uma cultura superior teria criado nossa espécie para fins de estudo. O nosso DNA é por demais complexo para ser uma obra do acaso. Mais que isso, tudo que existe com base biológica possui um DNA específico. Se fosse possível admitir que o DNA humano ocorreu por acidente, aceitar que TODOS os DNAs surgiram da mesma forma é um atentado à inteligência. 
Além do DNA não ser racionalmente possível de surgir por acaso, o próprio DNA possui um sistema que o impede de existir para sempre, os telômeros.
Fomos programados para não ultrapassar um determinado limite de tempo de vida, e isso está em nosso DNA. Se fosse possível remover os telômeros, as células poderiam se regenerar para sempre, mas nosso desenho veio intencionalmente com essa falha.
Acredito que os religiosos têm razão: existe uma entidade criadora no "universo", mas como todo o universo está condicionado a regras matemáticas, como a 
sequência de Fibonacci e a espiral de Phi (Φ) [não confundir com Pi (π)] na divisão em média e extrema razão, acho que essa entidade criadora é intelectual, e não mágica. 
Afinal, como é isso de as espirais das galáxias terem exatamente a mesma curvatura das flores, da composição celular e da espiral do DNA?
Há uma matemática séria por trás de nosso universo conhecido e isso não tem como ser uma coincidência. Há planejamento e engenharia nessa estrutura. E isso não é divino, isso é programação.
Então, eu acho que fomos criados em dois grupos bem específicos de programas. Um biológico, nossos corpos, e outro racional, nossa consciência. A limitação biológica mantém a área de testes com um número não muito grande de pessoas e o programa racional pode ser reutilizado em outra unidade biológica, para continuar um experimento.
Isso faria até os espíritas estarem certos: uma única consciência usando vários corpos, mas não da maneira religiosa que eles veem, e sim na maneira matemática que os programadores veem, mudando o núcleo de um programa para outro, com o mesmo código, mas em outra interface.
Nosso corpo é a interface e nossa consciência é o programa.
Como dado de confirmação, podemos verificar que alterações no corpo, a interface, não afeta o funcionamento do código, nossa consciência. Tire os braços, pernas, olhos e ouvidos, todos os órgãos internos de uma pessoa, deixando apenas aqueles necessários para que o cérebro funcione, e a consciência continua lá, exatamente como sempre foi. Ela não depende do corpo para existir. Ela precisa de "um meio" para existir.
Não vemos outras raças no universo porque não estamos no universo.
Estamos em um laboratório de uma raça muito avançada, e temos sido analisados há muito tempo. Às vezes, nossos programadores/criadores podem até intervir, criando uma situação que teste alguma teoria deles.
Para quem quiser ver uma representação similar a essa minha ideia, recomendo o filme "O 13º Andar" e o livro "Simulacron-3", de Daniel F. Galouye.
Excluindo a interação entre criadores e criaturas, acho mesmo que aquela ideia está bem próxima do que eu creio que possa ser a nossa realidade.

Comentários

Unknown disse…
Fantástico, Ferreira!!!! Já tenho ocupação (não russa) para as próximas madrugadas! Kkkkkk

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