Meu Projeto de Impressora 3D

Não muito recentemente, eu meio que me apaixonei por impressoras 3D. Admito que meu lado nerd gostou principalmente porque parecia o “sintetizador de matéria” do Jornada nas Estrelas.
Não é.
Mas mesmo assim, passei a ler e aprender tudo que me foi possível sobre a coisa. Descobri que a parte cara da impressão 3D é o filamento (o equivalente em 3D para a tinta das impressoras comuns). 
Isso ficou na minha cabeça por algum tempo e eu acabei bolando uma maneira de não precisar de filamento. Minha ideia é pegar uma garrafa de Coca-Cola vazia, jogar lá dentro e sair imprimindo. Não só isso tira a parte onerosa, que é comprar os filamentos, como é ecologicamente correto e trabalha com reciclagem.
Para desenvolver o projeto fiz vestibular para mecatrônica no Instituto Federal do Tocantins e, uma vez aluno, apresentei minha ideia como projeto científico. O projeto foi aprovado, quatro professores, três deles doutores!
Fiquei feliz e babão, mas três meses depois o governo federal cortou o financiamento dos projetos científicos dos Institutos. Avisaram que eventualmente voltaria, mas sem previsão e, até onde sei, não voltou até hoje.

Pelas regras, o Instituto fica com uma porcentagem sobre qualquer lucro oriundo de patentes. Haviam vantagens imensas em continuar no Instituto, mesmo sem auxílio econômico. Laboratórios, professores para orientar...
Eu e Thâmara conversamos um bocado sobre meu próximo passo.
Decidi que seria melhor tocar o projeto só, sem o Instituto. Perderia vantagens enormes, mas sem dinheiro lá ou sem dinheiro cá, pelo menos cá eu manteria 100% de qualquer lucro que eventualmente viesse de patentes.

Semana passada acabei a documentação de patente e dei entrada no pedido. Demorou demais, porque é MUITO burocrático e todo dia, eu descobria uma “novidade” sobre o processo de patenteamento. Minha filha Elisa, que é advogada, me deu uma força, o pessoal do INPI, na medida do possível, também. Li demais sobre patenteamento, fiquei bom em desenho industrial e estou pensando em fazer seminários ensinando!!
hehehehe
Mas sabem quando a gente tem uma ideia e a ideia fala pra gente que ela é boa? Foi isso que me aconteceu e foi isso que continuou me empurrando pra frente.
Para garantir a propriedade da ideia, decidi dar entrada no pedido de patente junto ao INPI antes de ir atrás de patrocínio, que seria meu próximo passo.

Nesse meio tempo, ainda sem saber como poderia financiar o projeto, mas considerando um financiamento coletivo (existem bons crowdfundings por aí), uma janela, ou talvez uma porta, se abriu.
Em Portugal!!
Com algum tempo de sobra, requeri então a patente do invento também no INPI de Portugal e em dezembro, estaremos indo fazer uma visita à Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências e Tecnologia onde, espero, possamos ampliar nossos conhecimentos e talvez fazer alguns bons contatos.
Nesse momento, vou considerando apenas o investimento em conhecimento, mas atento à quaisquer possibilidades que eventualmente surjam.
Agradeço de coração a todos os amigos e familiares que me deram força nesse período, pretendo honrar a confiança de cada um.
Vamos lá, porque o progresso científico, como o tempo, não espera ninguém!!

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