A Vida Plena e a Morte Violenta

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Dimitri era um bom rapaz. Filho mais velho e irmão de 5 lindas meninas, sua família sempre o viu como um esteio, um apoio no lar. Seu pai, Stalinista, queria que ele se alistasse no exército. E não só pela vocação, já que ele havia servido ao Exército Vermelho por 20 anos. Mas em função da economia confusa do país,  um filho no exército russo era antes de tudo a segurança econômica da família.

Dimitri logo se apaixonou pela disciplina militar. Admirava seus superiores e respeitava a hierarquia. Quando o General ultranacionalista Makarov decidiu que era hora de restaurar a glória soviética, Dimitri encontrou enfim o objetivo de sua vida.

Dimitri não deveria ter seguido o General. Dimitri não deveria ter ajudado na invasão da França. Mas principalmente, Dimitri jamais poderia ter tentado me matar. Não quando eu tinha em mãos um lançador de granadas XM25 com mira holográfica X5.

Dimitri não voltará para casa.

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M´laku era um grande guerreiro massai, nascido no Quênia. Durante toda a sua gloriosa vida, ele se destacou sobre os demais. Era sempre o mais forte, o mais rápido, o mais ágil. Era sempre o vencedor, quando ocorriam os jogos entre tribos.

M´laku entretanto, era muito vaidoso. Sua vaidade o obrigava a sempre ter mais que os outros, a sempre ser visto como o melhor e mais bem sucedido. Eventualmente, se envolveu com contrabandos e comércios ilegais, para manter seu nível social.

Do tráfico de drogas, ele passou para sequestros, uma atitude considerada como terrorismo nos dias de hoje. E esse foi seu erro fatal.

Eu não negocio com terroristas.

Naquele dia, M´laku tinha uma M16A4, rifle automático de assalto, eficiente e poderoso. Lamentavelmente para ele, eu tinha um rifle sniper Dragunov com balas enjaquetadas perfurantes,  mira eletrônica com zoom de 45X e bem pouca paciência.

O corpo de M´laku jamais foi resgatado.

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Mikail era um mercenário. Ex militar soviético, viveu como soldado da fortuna por 11 anos. Ia onde houvesse dinheiro. Guerra era seu serviço. Sua devoção era para o contratador que pagasse seu salário. Não tinha apegos por ideologias, políticas ou família. Mikail se considerava, e era considerado por muitos, o mercenário perfeito.

Já havia combatido, nem sempre legalmente, na Somália, Iraque, Senegal, Uganda, Paquistão, Coréia do Norte… Algumas vezes, combateu para os dois lados de um mesmo conflito, seguindo sempre sua regra de executar com perfeição qualquer trabalho contratado.

Sua última missão foi em New York. Mikail trabalhava com mais quatro associados, em um ataque rápido à bolsa de valores americana, em plena Wall Street. Quando sua missão foi descoberta, ele ficou para trás, com o objetivo de deter seus oponentes, enquanto o resto de seu time executava a missão.

Mikail se entrincheirou ao lado de um veículo militar, atento a qualquer movimento que indicasse a presença de adversários.

Mikail não me viu deitado entre as ruinas da Biblioteca. Quando ele ouviu o ruído da PKP Pecheneg, já era tarde demais para qualquer tipo de ação defensiva. A rajada de dezenas de projéteis de 7.62 mm destroçaram Mikail. Ele morreu como um soldado, mas não foi capaz de impedir meu encontro com seus associados.

New York

Call of Duty.

Modern Warfare 3. 

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