A Volta

Ana Carolina-0101

1 dia de vida!

Tenho quatro filhos, três do primeiro casamento e uma do segundo. Essa, Ana Carolina, nasceu em Palmas, Tocantins.

Viveu aqui por pouco tempo. Com o final de meu casamento, a mãe retornou para Brasília, Ana Carolina com ela.

Nosso contato então diminuiu muito. Não porque eu ou a mãe quiséssemos assim, mas principalmente, pela distância. São quase mil quilômetros e embora a gente se falasse por telefone e as vezes por e-mail, nosso contato ficou restrito a aniversários, dias dos pais e férias.

Quatro vezes por ano, as vezes até menos.

Com a triste partida prematura da mãe, Ana Carolina está de volta a Palmas, morando comigo.

E embora eu esteja muito feliz pela companhia diária dela, é tão estranho me sentir bem por algo que só existe porque uma outra coisa bem ruim aconteceu.

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2 meses de idade.

Não sei se consigo explicar isso muito bem, mas as vezes me sinto culpado por estar feliz com a companhia dela aqui. Porque eu sei a falta que a mãe faz e ainda vai fazer, e sei que nunca vou poder suprir essa necessidade em minha filha.

Ainda assim, há uma felicidade tão grande, um contentamento tão enorme em meu peito que até parece injusto.

Temos nos esforçado muito, Thâmara e eu, para darmos à Ana Carolina uma vida em família, sem tentar substituir a vida em família que ela tinha em Brasília.

Entendemos que essa é uma situação nova, diferente e desconhecida, e estamos tentando criar um ambiente familiar comum, sem tentar substituir ou apagar o que ela teve antes.

Temos tentado manter a memória dela para as coisas boas que tinha em Brasília, sem entretanto diminuir as coisas boas que pode ter aqui.

Quase dois anos de idade, perto de  se mudar para Brasília.

Tentamos não criar comparações, tentamos honrar o que já foi vivido e tentamos viver coisas novas, de modo a complementar a vida dela.

Um trabalho imenso, mas imensamente gratificante.

Toda vez que a vemos sorrir, sabemos que alguma coisa estamos fazendo certo por aqui.

E como rí essa menina!!

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Aniversário de 5 anos, em Brasília.

Estou, de novo e ainda, completamente apaixonado por essa menininha, e cada risada que ela dá é um fio de cabelo branco que fica preto novamente em minha cabeça!!

E para aqueles que sabem e consideram emocionante ver um filho crescer, aprender e usar o que aprende, digo a vocês, quando eles voltam é ainda mais maravilhoso.

Seja bem vinda de volta, minha filha!

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 De volta a Palmas!

Comentários

Camila Monteiro disse…
Que coisa fofa ela é, que lindo isso!
Não sei se é porque sou louca pelo meu pai que esse post me tocou muito.
Acho legal essa tua preocupação de cria-la num ambiente familiar e tal mas não deveria sentir culpa por estar feliz!

Boa sorte nessa jornada louca e linda! Beijos

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