Como Resolver o Problema do Crime (Ou Quase) no Rio de Janeiro Em Seis Meses!
Depois do meu post "Como Resolver O Problema do Crime no Brasil", recebi vários comentários. Alguns (na verdade, um) me chamando de Gênio (OBA!), alguns me chamando de "Sem Noção" (EPA!), outros concordando com ressalvas. Alguns discutiram a tecnologia da coisa toda e uma senhora católica disse que minha idéia é uma abominação e que eu vou ser castigado por Deus e irei para o inferno. Ela pode ter razão, mas tem gente que já está no inferno por causa da criminalidade e, ainda assim, se mantém fiel à Deus. Mas como não é minha área de conhecimento, espero que Deus perdoe minha ignorância e considere minha boa intenção.
Uma amiga do Rio de Janeiro me mandou um e-mail dizendo que concorda com minha idéia, mas que levaria tempo demais e que a situação no Rio já ultrapassou o ponto onde pode-se esperar a próxima geração e perguntou se eu não teria uma idéia de como resolver o problema em menos tempo.
SIM! Eu tenho!
De posse desse número, o Governo teria seis meses para criar um novo bairro, uma cidade-satélite com casas de boa qualidade, energia elétrica, água e esgoto, pontos de ônibus e espaços para lazer, como parques e praças. Nessa cidade-satélite haveriam mercados, feiras e escolas públicas, hospitais e postos de saúde e várias delegacias policiais. Ruas largas, bem iluminadas, agentes de saúde fazendo avaliações constantes para orientar os moradores e ajudá-los como possível.
As primeiras casas (metade delas) deveriam ser entregues em dois meses para que em 4 meses todas as moradias já estejam disponíveis. Quando a primeira metade das casas estivesse pronta, o Governo começaria a noticiar amplamente pela mídia que as favelas seriam desativadas, mas que os moradores receberiam casas de qualidade para residir.
Todas as famílias que morassem em favelas e tivessem interesse em possuir sua casa própria deveriam se apresentar com seus documentos e os documentos de seus filhos e agregados. Como já haveria casas prontas, as mudanças poderiam começar imediatamente. Registro individuais seriam feitos, tudo acompanhado por um efetivo policiamento para evitar que organizações criminosas tentassem impedir a migração ou penetrá-la.
Milhares de famílias se interessariam em mudar, pela segurança que a nova cidade forneceria aos seus filhos. Com o registro de todos, cada um com endereço agora, a saúde pública poderia cuidar das vacinações, acompanhamentos pré-natal e as escolas poderiam indicar os locais mais próximos das casas das crianças. Mas TODOS seriam identificados.
Ao mesmo tempo, nas favelas haveriam avisos diários e constantes de que a área seria evacuada em T menos X dias. Panfletos seriam distribuídos, rádios informariam de hora em hora, televisões e jornais noticiariam a data final.
É provável que perto do final dos 6 meses, quase que todos os habitantes das favelas já houvesse se mudado para a cidade-satélite. Claro, haveria alguma comoção pública, alguma resistência, mesmo e principalmente por parte do crime organizado, e certamente alguns conflitos ocorreriam. Porém, dada à situação vigente nos dias de hoje, esses conflitos seriam vistos como os últimos, como o canto do cisne dos criminosos em decadência.
Vislumbrando o final da impunidade que os esconderijos nas favelas lhes dispõem, os criminosos tentariam ações visando impedir a migração e a polícia faria muitas prisões nesse período. Redes de tráfico de drogas seriam desmanteladas, a mudança súbita de milhares de escudos humanos exporia o crime como nunca fora visto pelos agentes de segurança pública.
Nos derradeiros dias antes do prazo fatal, bombeiros e exército ajudariam os últimos moradores a se mudarem. Os bombeiros fariam seu serviço e o exército garantiria sua proteção.
Finalmente, os 6 meses haveriam se passado. É chegada a hora de por abaixo as favelas. Todos os tratores que o Governo e a Prefeitura tivessem conseguido reunir entrariam nas favelas colocando as construções abaixo. Tanques de guerra do exército, cercados por centenas de soldados bem armados e forças policiais, garantiriam a segurança da operação.
O Governo assumiria que aqueles que não quisessem se mudar teriam que ser movidos pela força e assim seria. Esses moradores remanescentes seriam removidos e identificados. Após a identificação, seriam enviados ao cárcere ou hospitais ou para junto de suas famílias. Pelos dias que fossem necessários, o exército e as forças policiais permaneceriam nos morros, destruindo os restos daquele símbolo de perigo e marginalidade, agora substituído por uma cidade segura.
Finalmente livres das construções, os morros agora poderiam ser tornados em gigantescos estacionamentos ou loteados para a construção de mais moradias públicas ou vendidos para a construção de edifícios ou shopping centers. Por minha vontade, eles seriam reflorestados, mas entendo que o Estado tenha que recuperar parte do dinheiro envolvido nesse enorme êxodo.
A partir de então, o combate ao crime se tornaria uma tarefa menos árdua e com menos riscos para os policiais. Moradores que residiam outrora ao lado de favelas teriam agora mais segurança, as ruas teriam menos criminosos, uma vez que não haveria mais refúgio fácil para eles.
Claro, eu suponho que boa parte do crime organizado se moveria para outras cidades, mas a proposta aqui era tentar erradicar a criminalidade na cidade do Rio de Janeiro. Que a polícia faça um bom serviço, combatendo os criminosos agora nômades.
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