Aberturas de Séries de TV


Sou muito apaixonado por séries de TV. Acompanho uma grande quantidade delas. Quando me é possível vejo também séries que já foram canceladas. Algumas são ótimas, imperdíveis, outras nem tanto.

Uma das coisas que eu realmente gosto, além da construção das tramas, é a criatividade das aberturas.

Elas são quase que um elemento à parte da trama. Na maioria das vezes são extremamente bem feitas, com uma qualidade incomum, às vezes com qualidade superior àquela empregada na própria série.

De tanto assistir, acabei observando que existem estilos e padrões diferenciados para aberturas.

Existe o modelo tradicional de aberturas que é aquele no qual um rápido resumo da trama central da série é contado.

Um exemplo recente é a abertura da série britânica "Life on Mars", onde o personagem principal, o policial Sam Tyler, sofre um acidente no ano de 2006 e quando acorda está no ano de 1973. Na abertura, é mostrado o acidente, os personagens que compartilham a série e cenas retiradas dos próprios episódios, tudo narrado pelo próprio Sam.


 

 




Na mesma linha, temos a americana Leverage, com o ganhador do Oscar Timothy Hutton interpretando um ex investigador de seguros, agora líder de uma equipe de criminosos justiceiros.


Outro modelo, um pouco mais raro, é aquele no qual a abertura nos apresenta o personagem de forma alegórica, indicando quem ele é, mas sem palavras ou cenas específicas. Um ótimo exemplo é a abertura da série Dexter, que conta a história de um assassino serial, desapegado emocionalmente do mundo, que trabalha para a polícia de Miami. A abertura, uma das melhores que eu já vi, nos conta que tipo de monstro é o Dexter, enquanto ele faz uma rotina completamente normal à todas as pessoas.



Algumas tem por objetivo apenas colocar o tele-espectador no ritmo da série. Não são descritivas, não mostram os personagens ou cenas dos episódios, almejam apenas criar o "clima certo" para o que vai ser visto. Nesse modelo, acho perfeita como exemplo a abertura da série True Blood, que narra a vida de pessoas durante uma campanha de vampiros para conquistar direitos civis.



Outras, como a sitcom Scrubs, apenas apresenta os personagens e o ambiente da série, nesse caso um hospital. Na abertura não se especifica nada, nem o estilo da série, que aliás é uma ótima comédia.


 



 

Algumas, como a abertura de da sitcom Modern Family, tenta nos mostrar a interação, a ligação íntima entre os grupos de personagens. Há uma identificação rápida dos atores, mas prevalece o conceito de interação.

 
 
 

E há ainda aquelas que vão apenas pelo visual, como a ótima abertura da série Star Trek Voyager, quarta encarnação televisiva do grande sucesso de Gene Rodenberry, que narra a história de uma nave da Federação dos Planetas Unidos perdida em um setor desconhecido da galáxia, lutando para voltar para casa. A abertura nos dá apenas a própria nave, cenários maravilhosos e estranhos e uma sensação de isolamento e abandono, que deveria ter conduzido a série. A trilha sonora é composição do mestre Jerry Goldsmith, falecido recentemente.



Acredito que uma boa abertura não faz uma boa série, e também acho que boas séries não necessitam de boas aberturas, mas quando os dois são bons ao mesmo tempo, é muito legal!!

P.S. Todas as aberturas que eu postei aqui foram pegas no youtube, e acredito que todas sejam registradas às empresas que as produziram. Nenhuma delas foi feita ou modificada por mim. Eu as postei aqui da maneira como as encontrei. Se algum elemento em meu post, de alguma forma ofende diretamente os direitos autorais ou de posse de alguém ou alguma empresa/entidade, ou se viola alguma regra de publicidade, por favor me informem que removerei esse elemento imediatamente.

Comentários

Unknown disse…
E vc viu que a novela da globo ganhou um Emmy??
Ferreira Neto disse…
Pois é, por mais feliz que eu fique, a verdade é que americano quer mesmo é ver coisas exóticas. Não importa se a Índia não é daquele jeito, importa que seja exótico. Em um episódio do CSI Miami, quando a equipe vem ao Brasil procurar um traficante, o Rio de Janeiro parecia um filme da Carmen Miranda. Importa mais a visão pobre deles que a realidade.

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