A Regra dos Terços
Eu sou fotógrafo.
Atualmente, mais amador que profissional, mas de vez em quando ainda tiro umas fotinhas a trabalho.
Gosto muito, é uma de minhas paixões.
Minha namorada descobriu que também gosta, e de vez em quando fazemos algum trabalho juntos, acho divertido ensinar e sempre aprendo alguma coisa também.
Junto com a prática, acho legal passar também um pouquinho da história e da teoria pra ela, acredito mesmo que ajuda não só a desenvolver um respeito pela profissão, como também e principalmente, melhorar a qualidade do que se faz.
Nessa semana, conversávamos sobre enquadramento, e eu fui explicar a "Regra dos Terços" para ela e lá pelo meio, a conversa já parecia um post, então aqui está ele.
Antes de tudo, deixa eu explicar a "Proporção Áurea". (Tem um pouco de matemática aqui, mas não vou esticar a coisa não.)
Também conhecida como "Divina Proporção", "Divisão de Extrema Razão", "Razão de Ouro" e por aí vai, é uma constante algébrica, com valor arredondado de 1,618, conhecido por Phi (Não é o mesmo Pi, com valor arredondado de 3,1416).
É representada graficamente por esse desenho de uma espiral dividida em setores proporcionais.
É um valor retirado da "Sequência de Fibonacci" Sei que pouca gente gosta de matemática, mas se alguém aqui leu o "Codigo DaVinci" ou assistiu as primeiras temporadas de "Lost", já tem uma certa familiaridade com a Fibonacci.
Na sequência Fibonacci, cada número é seguido pela soma dos dois números anteriores. Então temos:
1, 1+1=2, 2+1=3, 3+2=5, 5+3=8, 8+5=13 e assim por diante. Essa sequência numérica é exatamente a representação matemática da Proporção Áurea, como pode ser visto nessa imagem abaixo.
O que torna esse valor matemático tão ligado às artes é o fato de ele estar conectado diretamente com a natureza do crescimento. Cristais, ossos, plantas, sistemas planetários, praticamente tudo que cresce compartilha dessa proporção matemática.
Também conhecida como "Divina Proporção", "Divisão de Extrema Razão", "Razão de Ouro" e por aí vai, é uma constante algébrica, com valor arredondado de 1,618, conhecido por Phi (Não é o mesmo Pi, com valor arredondado de 3,1416).
É representada graficamente por esse desenho de uma espiral dividida em setores proporcionais.
É um valor retirado da "Sequência de Fibonacci" Sei que pouca gente gosta de matemática, mas se alguém aqui leu o "Codigo DaVinci" ou assistiu as primeiras temporadas de "Lost", já tem uma certa familiaridade com a Fibonacci.
Na sequência Fibonacci, cada número é seguido pela soma dos dois números anteriores. Então temos:
1, 1+1=2, 2+1=3, 3+2=5, 5+3=8, 8+5=13 e assim por diante. Essa sequência numérica é exatamente a representação matemática da Proporção Áurea, como pode ser visto nessa imagem abaixo.
O que torna esse valor matemático tão ligado às artes é o fato de ele estar conectado diretamente com a natureza do crescimento. Cristais, ossos, plantas, sistemas planetários, praticamente tudo que cresce compartilha dessa proporção matemática.
Essa proporção vem sendo usada em arquitetura, engenharia, músicas, esculturas, pinturas, a milhares de anos. A pintura renascentista é repleta deste valor.
Em outras palavras, praticamente tudo que cresce na natureza, cresce seguindo uma ordem comum e universal, uma forma pré-determinada. E essa forma pode ser calculada pela Proporção Áurea.
É meio complexo, e meio fora do tema aqui, mas se alguém se interessar pela matemática da coisa (eu acho fascinante) aqui tem uma boa explicação. E aqui tem um artigo maravilhoso, por favor, leiam!!
De qualquer maneira, o que aconteceu é que a Proporção Áurea, ao ser dividida em partes de tamanhos similares, acabou dando origem à Regra dos Terços, que é completamente orientada aos trabalhos artísticos visuais. Primeiro com pinturas e depois com a fotografia.
(Aqui ao lado, podemos ver uma correlação entre a "Proporção Áurea", em preto, e a "Regra dos Terços", em vermelho)
Sir Joshua Reynolds, pintor inglês do século XVIII disse que "A proporção entre cores quentes e frias em uma pintura deve ser aplicada na medida de dois por um", embora ele mesmo frequentemente se desviasse dessa fórmula. O importante nessa afirmação era o princípio da criação de um conjunto de regras, não herméticas, mas orientadoras.
John Thomas Smith, pintor contemporâneo de Sir Joshua, em seu livro "Remarks on Rural Scenery" foi o primeiro a se referir à Regra dos Terços (Rules of Thirds), na qual ele dizia que, ao se pintar uma paisagem, essa pintura deveria ter um terço de solo e dois terços de água, e esses dois juntos deveriam ser um terço da pintura. Os outros dois terços deveriam ser "ar e céu". Um conceito também pouco respeitado, mas codificador de uma regra de composição visual a muito utilizada, mesmo que de forma instintiva.
Ele não foi o primeiro a usar a Regra, mas foi o criador do termo e pioneiro em escrever sobre ela.
Alguns classificam a Regra do Terço com o "Código da Beleza". Um pouco poético demais, ela é apenas uma orientação sobre equilíbrio visual, mas muito eficiente.
O princípio é simples; ao se fazer uma foto, tente ver a imagem fotografada dividida por duas linhas horizontais e duas verticais, equidistantes. Isso cria nove áreas proporcionais que, bem utilizadas, determinam o peso, a geometria, a suavidade e o equilíbrio da foto.
Abaixo, alguns exemplos:
Mas aí você me diz: "Tá, interessante esse trocinho aí, mas e eu com isso?"
Em outras palavras, praticamente tudo que cresce na natureza, cresce seguindo uma ordem comum e universal, uma forma pré-determinada. E essa forma pode ser calculada pela Proporção Áurea.
É meio complexo, e meio fora do tema aqui, mas se alguém se interessar pela matemática da coisa (eu acho fascinante) aqui tem uma boa explicação. E aqui tem um artigo maravilhoso, por favor, leiam!!
De qualquer maneira, o que aconteceu é que a Proporção Áurea, ao ser dividida em partes de tamanhos similares, acabou dando origem à Regra dos Terços, que é completamente orientada aos trabalhos artísticos visuais. Primeiro com pinturas e depois com a fotografia.
(Aqui ao lado, podemos ver uma correlação entre a "Proporção Áurea", em preto, e a "Regra dos Terços", em vermelho)
Sir Joshua Reynolds, pintor inglês do século XVIII disse que "A proporção entre cores quentes e frias em uma pintura deve ser aplicada na medida de dois por um", embora ele mesmo frequentemente se desviasse dessa fórmula. O importante nessa afirmação era o princípio da criação de um conjunto de regras, não herméticas, mas orientadoras.
John Thomas Smith, pintor contemporâneo de Sir Joshua, em seu livro "Remarks on Rural Scenery" foi o primeiro a se referir à Regra dos Terços (Rules of Thirds), na qual ele dizia que, ao se pintar uma paisagem, essa pintura deveria ter um terço de solo e dois terços de água, e esses dois juntos deveriam ser um terço da pintura. Os outros dois terços deveriam ser "ar e céu". Um conceito também pouco respeitado, mas codificador de uma regra de composição visual a muito utilizada, mesmo que de forma instintiva.
Ele não foi o primeiro a usar a Regra, mas foi o criador do termo e pioneiro em escrever sobre ela.
Alguns classificam a Regra do Terço com o "Código da Beleza". Um pouco poético demais, ela é apenas uma orientação sobre equilíbrio visual, mas muito eficiente.
O princípio é simples; ao se fazer uma foto, tente ver a imagem fotografada dividida por duas linhas horizontais e duas verticais, equidistantes. Isso cria nove áreas proporcionais que, bem utilizadas, determinam o peso, a geometria, a suavidade e o equilíbrio da foto.
Abaixo, alguns exemplos:
Mas aí você me diz: "Tá, interessante esse trocinho aí, mas e eu com isso?"
Hoje em dia todo mundo tem uma câmera digital, nem que seja no celular. A Regra dos Terços vai te ajudar não só a fazer fotos melhores, como também, se você edita suas fotos digitais, a fazer edições melhores, com imagens de mais qualidade.
Aliás, para quem edita em Photoshop (outra paixão), a partir da versão CS 4, ele
já vem com uma Shape que desenha as linhas da Regra dos Terços sobre a imagem a
ser editada. Como ela cria um Path, não interfere diretamente na imagem. E ela é
escalonável, então não faz diferença o tamanho de sua foto.
Para carregar a Shape é simples, selecione a
ferramenta “Custom Shape Tool” que fica na barra de ferramentas à esquerda no
Photoshop, ou use o atalho de teclado, a tecla “U”. Isso ativa a ferramenta.
Agora vá na barra horizontal superior, que assumiu os comandos da ferramenta
Shape, e abra a janela para escolher uma Shape específica. Ela é uma que tem os
nove retângulos, parecida com uma janelinha.
Basta coloca-la por cima da imagem que você vai
editar. Ela cria automaticamente um layer novo, de modo que sua imagem não será
modificada. Quando for salvar a imagem, delete ou esconda a Shape.
Comentários
gosto muito de fotografia, faço publicidade e propaganda e foto era uma das materias preferidas... tiro varias fotos e adooro mexer depois do photoshop!
valeeu... abraaço Lu